Esse blog e fruto de uma pesquisa
institucional da UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – UNIRIO
- DEPARTAMENTO: ATUAÇÃO CENICA a partir do ano de 2010. Não é um produto
acabado, será enviado a todos os bailarinos que, tenham participado dessa
companhia e, por algum motivo, não tenham dado seu depoimento. Nossa ideia é
sempre ir completando essa história para que fique cada vez mais completa e
seja referência para as próximas gerações de bailarinos brasileiros
TÍTULO do Projeto de
Pesquisa:
|
O Retrato da
Dança no Brasil - 1950 a 2000:
Um relato
dos bailarinos do
Theatro
Municipal
do
Rio de
Janeiro
GRUPO DE PESQUISA: ARTES DO
MOVIMENTO
PROFESSOR RESPONSÁVEL
– ENAMAR RAMOS e ELID BITTENCORT
ÁREA DE CONHECIMENTO: DANÇA
EQUIPE ENVOLVIDA
PROFESSORES DOUTORES - ENAMAR
RAMOS, ELID SILVA BITTENCOURT e SYLVIA HELLER
BOLSISTAS – GABRIELA ALVES, JULIA
COUTO
Principais Objetivos do Projeto
Original
O presente projeto procura
registrar parte da história da dança escrita no Theatro Municipal do Rio de
Janeiro no período de 1950 a 2000. O texto foi elaborado com base em
depoimentos dos bailarinos que integraram seu Corpo de Baile nesse período. A
origem dessa companhia remonta a Maria Olenewa que, em 1937, criou a Escola de
Danças Clássicas do Teatro Municipal do Rio de Janeiro (atual Escola de Danças
Maria Olenewa) com objetivo de preparar bailarinos que atuassem nas Óperas.
Essa história, por ser recente, ainda não foi devidamente documentada.
Pretendemos, ao termino da pesquisa, documentar com texto e imagem o resultado
obtido para que as atuais e as futuras gerações possam identificar as pessoas
que a construíram e conhecer todas as montagens encenadas. A bibliografia sobre
o assunto é praticamente inexistente, por isso a reconstrução dessa história
está sendo realizada com base nos depoimentos pessoais.
Principais Etapas Executadas no
Período Visando ao Alcance dos Objetivos
1- Criação de um roteiro e um
questionário a ser seguido durante as entrevistas a fim de minimizar os desvios
do foco proposto.
2- Criação de um termo de aceite
para o uso da imagem.
3- Elaboração de uma relação de
e-mails e telefones dos bailarinos para contato.
4- Consulta ao arquivo do Teatro
Municipal /RJ prevista inicialmente, não foi possível por problemas estruturais
do próprio Teatro.
5- Encaminhamento do resumo do
projeto e do questionário aos bailarinos com endereços de e-mail para que
soubessem do que se tratava e conseguir seu aceite
6- Marcação e realização de
entrevistas com os bailarinos que aceitaram fazer parte da pesquisa de acordo
com as possibilidades de cada um.
7- Gravação em áudio e vídeo de
entrevistas realizadas.
8- Pesquisa nos arquivos
particulares dos bailarinos entrevistados no que se refere a programas e fotos
9- Seleção (agrupamento e
divisão) do material encontrado de acordo com ano e ballets apresentados.
10- Busca, nesses programas, de
nomes de artistas que não estavam relacionados na nossa lista inicial para
complementá-la.
11- Transformação de VHS em DVD
de entrevistas realizadas antes do registro da pesquisa com os seguintes
artistas: Dennis Gray, Ana Botafogo, Aldo Lotufo e Eugenia Feodorova. Estas
entrevistas foram realizadas pela prof. Enamar Ramos no período de 1993 a 1995,
quando a professora lecionava no Curso de Licenciatura Plena em Dança da
Faculdade da Cidade, disciplina História da Dança.
12 – Digitação das entrevistas realizadas
com os bailarinos identificando a década que entraram para o Corpo de Baile: Lydia
Costallat (50), Tatiana Leskova (50), Irene Orazen (50), Eliana Caminada (60),
Cecília Wainstock (60), Nora Esteves (60), Antônio Negreiros (70), Cristina
Cabral (70), Cecília Kerche (70), Marcia Faggioni (70), Jania Batista (70),
Sonia Villela (60 ), Vilma Rocha (70), Marcelo Misailidis (80), Cesar Lima (80
), Ana Botafogo (80), Ana Elisa Ferraiolo (70), Laura Prochet (80), Joao Wlamir
(80), Karina Dias (80), Clelia Serrano (50), Wanda Garcia ( 50)
13 – Os dados dos bailarinos já
falecidos foram obtidos através de livros - Dennis Gray, Yuco Lindberg, Maryla
Gremo, Jane Blaurh
14 - Digitalização de programas e
acervo pessoal dos bailarinos.
15 – Transformação das
entrevistas em CD de áudio e DVD.
Apresentação e Discussão Sucinta
dos Principais Resultados Obtidos, deixando claro o avanço teórico,
experimental ou prático obtido pela pesquisa
O projeto tem sido reconhecido
como de grande relevância por parte dos bailarinos entrevistados. Todos, além
de seus depoimentos nos fornecem material impresso e fotos de seus arquivos
pessoais para nossa documentação. Nosso roteiro de entrevista não sofreu
alteração por se mostrar eficiente ao longo do processo de trabalho. Podemos
dizer que ele é o fio condutor da narração da história. É comum os
entrevistados desviarem um pouco do foco da pesquisa em suas respostas por particularidades
vivenciadas por cada um, mas geralmente tais particularidades enriquecem o
conteúdo da entrevista como um todo. Como se trata de história de vida e como
nós participamos dessa história uma vez que também fomos bailarinas dessa mesma
companhia, os depoimentos algumas vezes ficam, em casos particulares, perdendo
o foco da companhia como um grupo. Parte do depoimento que foge do foco da
pesquisa é naturalmente abandonado pelas pesquisadoras. É importante ressaltar
como os depoimentos se encaixam e aos poucos a história vai sendo construída.
Como uma colcha de retalhos cada depoimento é costurado a outro depoimento
construindo a história que pretendemos mostrar.
Da relação prevista já realizamos
vinte e cinco entrevistas. No decorrer do processo pudemos constatar, pelos
depoimentos dos bailarinos, a importância do material que estamos recolhendo e
o quão esclarecedor será o resultado para a história da arte da dança no Rio de
Janeiro e no Brasil.
Pelos depoimentos podemos afirmar
que o entrar para o Corpo de Baile do Teatro Municipal em qualquer década era o
sonho de todos que faziam dança - moças e rapazes. Era a maior e a mais
importante companhia de dança do país e praticamente a única que se apresentava
com alguma regularidade e tinha um salário mensal independentemente do número
de espetáculos realizados. Pessoas de vários estados vinham ao Rio em busca do
sonho de ser bailarino do Theatro Municipal.
O dia de trabalho sempre começa
com aula na parte da manhã – 09:00/10:30(1950); 10:00/11:30 (1960 até hoje)
seguido de ensaios. No início dos anos 1950 terminava todo o trabalho as 14hs.
Já no final desse período e início dos anos 1960 os trabalhos iam até as 16hs
com um breve intervalo para um lanche. Nos meados dos anos 1970 devido a reforma do Teatro, as aulas e
os ensaios saíram do prédio do Theatro na Cinelândia e foram para o Clube Copa
Leme em Copacabana. Nesta época o Theatro passa por uma grande reforma. Para
iniciar o trabalho de reformulação do Corpo de Baile foram convidados Tatiana
Leskova e Georges Garcia, e em 1977, com o nome de Ballet do Teatro Municipal -
B.T.M, um grupo de bailarinos começou a trabalhar em horário integral.
Nos anos 1980, devido a outra
reforma no prédio do Theatro Municipal, Corpo de baile trabalhou no Teatro Villa-Lobos.
Nessa época havia aula pela manhã, duas horas para o almoço e ensaios na parte
da tarde até as 17hs. Só em dias de espetáculo os bailarinos faziam aula e
ensaios no Theatro Municipal. Nos anos 1990 voltam a trabalhar no Teatro até
passarem para o chamado Anexo (prédio construído no local da antiga Escola de
Dança na lateral do Teatro).
As aulas e os ensaios eram sempre
acompanhados por um pianista. Foram citados – Tieta (Antonieta Monteiro),
Geraldo Barbosa, Ermelindo
Castello Branco, Ilka Jardim, Geoge Ribailovsky. Alguns tocavam também para as aulas da Escola. Mais tarde Ines Rufino, Itajara Dias,
Gladys Rodrigues, Waldemar Gonçalves, Gelton Galvão.
Como Diretores do corpo de baile,
cargo que no inicio era chamado de Regisseur, foram citados – Ygor Schwezov,
Yuco Lindberg, Tatiana Leskova, (a que mais anos permaneceu no cargo), Eugenia
Feodorova, Vaslav Veltchek, José Moura (interino), Dalal Achcar, Jean-Yves
Lormeau, Marcelo Misailidis, Nora Esteves
Entre os artistas famosos que nos
visitaram e dançaram com a Companhia foram citados Nos anos 1950 -Tamara
Toumanova, Oleg Tupine , Violeta Elvin , John Field , Nora Kovach ,
Istvan Rabowsky , Maria Tallchief , André Eglevsky , Lupe Serrano , Alicia
Markova, Oleg Briansky , Yvette Chauviré , Milorad Miskovitch , Alicia
Alonso ,Ygor Yuskevitch , Margot Fonteyn , Michael Somes , Rudolf Nureiev, Lupe
Serrano , Michael Lland , Maria Talchieff , André Eglevsky e Yvette Chauviré,
Wladimir Oukhtomsky, Tatiana Grantzeva, Jack Beaber
As melhores épocas apontadas são
sempre as que o bailarino/a mais dançou. Foram destacadas final da década de
1950 e 1960 onde liderados por Tatiana Leskova e Eugenia Feodorova várias
montagens importantes foram feitas como ballets de Leonide Massine – Gaîte
Pareisienne, Les Pressages, Le tricorne, Capricho Espanhol; de William
Dollar – Combate e Constance, Divertmento de Britten, Sebastian; Harald
Lander - Etude; Rameau - Les Indes galante; Milkos
Sparemblec – Triunfo de Afordite; Oscar Arraiz – Magnifica
e Mandarim Maravilhoso além da primeira montagem completa do Lago
dos Cisnes por ;Eugenia Feodorova. Mais tarde, na década de !980,
tendo Dalal Achcar como presidente da Fundação Theatro Municipal do Rio de
Janeiro, uma nova leva de grandes coreografo e bailarinos atuaram no BTM
como Sir Peter Wright (para montagem de Giselle), Henrique
Martinez (Coppelia), Natalia Makarova, e na de 1990, com Emilio
Kalil como presidente da Fundação e Jean Ives Lormeau diretor do BTM a presença
de Pierre Lacotte (La Sylphide) , Elizabeth Platel (primeiro papel
de La Sylphide), Maria Palmerim (Les Noces), Jaroslav
Slavick - Bela Adormecida e Ruzena Mazalova ( Napoli,
Pas de Quatre)
Criações para o BTM
Como parte de uma nova orientação
de repertório, na época que Dalal Achcar era Presidente da Fundação, coreógrafos
brasileiros foram convidados a trabalhar com o B.T.M. dando origem ao projeto
“Seis Coreógrafos Brasileiros” apresentado com enorme sucesso. Trabalharam com
a Companhia os brasileiros: Rodrigo Pederneiras, Rodrigo Moreira, Lia Rodrigues,
Dalal Achcar, Regina Miranda e Debora Colker.
Principais fatores negativos e
positivos que interferiram na execução do projeto
O projeto tem sido reconhecido
como de grande relevância por parte dos bailarinos entrevistados. Todos, além
de seus depoimentos nos fornecem material impresso e fotos de seus arquivos
pessoais para nossa documentação. A dificuldade em conciliar horário para o
agendamento das entrevistas se apresenta por questões de tempo de ambas as
partes - tanto das pesquisadoras como dos entrevistados. Nosso roteiro de
entrevista não sofreu alteração por se mostrar eficiente ao longo do processo
de trabalho. Podemos dizer que ele é o fio condutor da narração da história. É
comum os entrevistados desviarem um pouco o foco da pesquisa com suas respostas
por particularidades vivenciadas por cada um, mas geralmente tais
particularidades enriquecem o conteúdo da entrevista como um todo. Como se
trata de história de vida e como nós participamos dessa história uma vez que
também fomos bailarinas dessa mesma companhia, os depoimentos algumas vezes
ficam, em casos particulares, perdendo o foco da companhia como um grupo. Parte
do depoimento que foge do foco da pesquisa é naturalmente abandonado pelas
pesquisadoras. É importante ressaltar como os depoimentos se encaixam e aos
poucos a história vai sendo construída. Como uma colcha de retalhos cada
depoimento é costurado a outro depoimento construindo a história que
pretendemos mostrar.
A pesquisa é extensa. Da relação
prevista já realizamos vinte e cinco entrevistas. No decorrer do processo
pudemos constatar, pelos depoimentos dos bailarinos, a importância do material
que estamos recolhendo e o quão esclarecedor será o resultado para a história
da arte da dança no Rio de Janeiro e no Brasil.
Segue uma descrição por décadas
dos dados recolhidos até agora. Algumas datas não foram colocadas por não
termos ainda comprovação das mesmas.
ANOS 1950
Regissuer (Diretor) – Tatiana
Leskova (1950-1964)
Maitre de ballet – Tatiana Leskova
e Eugenia Feodorova
Remontagens –
Ballets do repertorio clássico
- Bodas de Aurora, Coppelia,
Giselle, O Lago dos Cisnes, A Morte do Cisne, D.
Quixote (pas de deux), Quebra Nozes, Les Sylphides, Pássaro
Azul, Shèhérazade e Salomé
- Ballet Academy de Paul Czillar,
- La Boutique Fantasque,
Le Tricorne e Gaîté Parisienne, Capricho Espanhol (1957)
e Les Présages (1957) pelo próprio coreografo Leonid Massine
- Concerto dançante – Igor
Schwezoff (1956)
- Le Coq D’Or première
nacional da ópera-ballet –Eugenia Feodorova (1959)
- O Lago dos
Cisnes - a primeira remontagem na íntegra do ballet na América do Sul
(1959 - Eugenia Feodorova)
Criações para o BTM –
- Tatiana Leskova - Variações
Sinfônicas, Masquerade, Prometeu, Foyer de La Danse,
La Stella del Circo, Os Sete Pecados Capitais, Salamanca do Jarau,
O Espantalho
- Vaslav Veltcheck - O
Papagaio do Moleque e Sinhô do Bonfim,
- Nina Verchinina. - Rhapsody
in Blue, Matizes e Narciso -
- Eugenia Feodorova e Tatiana
Leskova – Descobrimento do Brasil- com música de Villa-Lobos
(19600
.
Bailarinos do Corpo de Baile
década de 1950 (a lista certamente ainda não
está completa será completada a proporção em que outros bailarinos conhecerem o
blog)
Está colocado o ano de ingresso
no Corpo de baile, mas todos continuaram dançando durante muito mais tempo.
Quando não era sabido o ano do ingresso era colocado o nome de acordo com o
programa da época.
1951 – Arlete Saraiva, Aldo Lotufo,
Cirley França, Clara Resnick, Dennis Gray, Ebba Will, Gisela Gelpke, Irina
Tchestnakova, Johnny Franklin, Sandra Dieken, Sima Chdrine, Marlene Barroso,
José Moretzon, Nilton Santos, Sebastião Araújo, Manoelita Broges
1952 - Gloria Coelho, Helba
Nogueira, Lidia Costallat, Ruth Lima, Helga Loreida, Julia Rodrigues, Marta
Sisson, Zeni Lacerda, Shirley Menezes, Elba Will, Flavia Barros, Tereza
D’Aquino, Estella Reigas, Yoni Belini, Dicleia Ferreira, Cecilia Wainstok,
Mercedes Batista, Dennis Gray, Beatriz Consuelo, Edmundo Carijó, Sebastiao
Araujo, Pitágoras Lopes, Nilton Vasconcellos, Gloria Coelho, Oneide
Craveiro, Adyr Ador, Marlene Barroso, Lea Veloso, Celina Ribeiro, Inez
Litowski, Josemary Brantes, Zeni Lacerda, Zany Roxo, Ebba Will, Ivone Meyer, Mercedes
Batista (Mercedes da Silva), Vera Braga, Zeuslene Navaz, Leny Pereira, Clara
Antunes, Ezy Garro, Aldo Lotufo, Raul Soares, Antonio Barros, Haroldo Moraes,
Gisela Gelpke, Josemary Brantes, Thais Belline, José Moreteson, Slava Goulenko,
Sima Chandrine, Vicente de Paula, Lauro Silva, Nelson Santos, Jorge Jaime,
Nelcir Monteiro, Reginaldo Vaz
1953 – Rojan Cavina, Marcia
Haydée, Maisa Feijó, Ioni Belini, Shirley Menezes, Ruth Lima, Wanda Garcia,
Teresa D’Aquino, Alice da Ponte (Alice Colino), Regina Benevides, Alda Marques,
Regina Benevides, Renato Magalhaes
1959- Bertha Rosanova, Aldo
Lotufo, Irina Tshestnakova, Arthur Ferreira, Johnny Franklin, Marlene Barroso,
Rojan Cavina, Alice Colino, Alda Acioli, Tereza DÁquino, Sonia Barroso, Marly
Leal, Irenice Lima, Eloiza Menezes, Irene Orazem, Julia Rodrigues, Clelia
Serrano e Dennis Gray, Estela Reigas, Julia Rodrigues, Oneide Craveiro, David
Dupré, Eleonora Oliosi, Enamar Ramos, Nair Mousatché, Teresinha Goulart.
Anos 1960
Regisseurs – William Dollar, Helba Nogueira, Vaslav Veltcheck, Dalal Achcar
Artistas convidados - William Dollar, Beatriz Consuelo, Claude Darnell e Yvone
Meyer
Remontagens
- Combate
, de Rafaello de Antield e Constantia (William Dollar) (
1962), - William Dollar prepara os bailarinos que dançaram com a companhia Les
Étoiles de L’Opera
de Paris .- Maracatu de Lorenço Fernandes com coreografia de Johnny
Franklin .- Sinfonia Amazônica (Helba Nogueira - 1963), com
música do brasileiro Walter Schultz , - La Valse ,de
Ravel , Grand Pas de Deux , de Benjamin Britten,(1963),
- Divertimento de Jacques Ibert ,(1963) ,- Quadros de
uma Exposição , de Moussorgsky.(1963),- O Aprendiz de
Feiticeiro (Maryla Gremo (1963), - Esboços com
música de Radamés Gnatalli (Ismael Guizer)(1964), - Sebastian com
música de Menotti (1965),- Serenata (1965) ,-
Concerto (1965),- Divertimento (1965),- D.Quixote,(1965),-
Praiana (Helba Nogueira), Le Coq D’Or (Eugenia
Feodorova.(1965) ,- Giselle , Paquita ( pas de trois )
(1966), - Os Comediantes e Maryla Gremo Concerto
, (1966), - Salomé , Romeu e Julieta e Batuque (L.Fernandez)
(Leskova- 1966), , Ópera Fausto ,de Gounod , numa idealização
de Henri Doublier (1967 foi apresentado, em forma de ballet). - Cinderela, de
Prokofieff - Dalal Achcar, então diretora do Corpo de Baile, convidou o
coreógrafo Norman Thonson para com ela montar (1968)
Anos 1970
Diretores (aqui não eram mais chamados de Regentes/Regisseurs) Tatiana
Leskova
Artistas convidados - Arthur Mitchell, George Skibine
Criações para o BTM
- Prometeu -
Dennis Gray, com música de Beethoven,
- Rythmetron -
Arthur Mitchell, convidado pelo Teatro Municipal, com música de
Marlus Nobre e muitas peças com ideias brasileiras.
- Concerto -Helba
Nogueira, com música de Heckel Tavares.
- Romeu e Julieta de
Prokofieff -Oscar Araiz, faz uma montagem moderna e muito
Pessoal
- Magnifica, (1974)
- Cantabile, (1974)
- O Mandarim Maravilhoso (1974)
Remontagens
- Daphnis et Chloé, O
Pássaro de Fogo e Les Noces, de Stravinsky (1973) George Skibine
(coreógrafo convidado), - Petrouchka, Tatiana Leskova na
versão de Yurek Lazowsky (1979), O triunfo de Afrodite de
Milko Sparemblek - Jean Marie Dubrul (1979)
Anos 1980
Diretor - José Moura (interinamente na direção), Dalal Achcar, Tatiana Leskova
(1987)
Artistas convidados - Natalia Makarova, Marcia Haydée, Jean-Yves Lormeau e Enrique Martinez.
Remontagens
- O Mandarim Maravilhoso (M. Sparemblek), - Amostragem (Ceme Jambay), - Romeu
e Julieta coreografia de J. Cranko, - Floresta Amazônica (Villa-Lobos),
-, Don Quixote
- O Quebra Nozes (Dalal Achcar), - La Fille Mal Gardée, (Enrique
Martinez), - Giselle, (Peter Wright), -, Le Sacre du
Printemps (Vesack).
Criações para o BTM
- Quincas Berro
D’Água (Gilberto Motta) (1980).
- Gabriela, (Gilberto
Motta),
Em 1987 o Teatro Municipal passa
a ser uma Fundação e volta a ter Tatiana Leskova como diretora da Companhia.
Anos 1990
Presidentes da Fundação Theatro
Municipal do Rio de Janeiro – Dalal Achcar (1991/1995),
Emilio Kalil (1995 / 1998)
Diretores - Nora Esteves, Dennis Gray, Jean-Yves Lormeau (primeiro bailarino
do Ballet da Ópera de Paris)
Artistas convidados - Nanon Thibon, Jacques Namont, Gilbert Mayer, Jaroslav Slavick, Georges
Garcia e David Allen
Remontagens
- L’Apres-Midi d’un Faune),
Charles Jude, - Paquita - Ruzena Mazalova, - Suite em Blanc -
Elizabeth Platel, - Les Noces - Maria Palmeirim, - Serenade - Patricia
Neary
- Sagração da Primavera -
Millicent Hodson e Kenneth Archer que recriaram a versão original do ballet
“Sagração da Primavera” de Vaslav Nijiinski fazendo com que o BTM fosse a
primeira companhia da América do Sul, e a quarta no mundo, a ter em seu repertório
a versão original deste ballet criado por Nijinski no início deste século para
a companhia Le Ballets Russes de Sergei Diaghilev.
Criações para o BTM
Ainda como parte de uma nova
orientação de repertório, coreógrafos brasileiros foram convidados a trabalhar
com o B.T.M. dando origem ao projeto “Seis Coreógrafos Brasileiros” apresentado
com enorme sucesso no Theatro Municipal. Trabalharam com a Companhia os
seguintes coreógrafos brasileiros: Rodrigo Pederneiras, Rodrigo Moreira, Lia Rodrigues,
Dalal Achcar, Regina Miranda e Debora Colker.
PRINCIPAIS PONTOS POSITIVOS E
NEGATIVOS
Essa pesquisa está sendo muito
bem aceita por todos os bailarinos. Desejam mostrar o porque nossos atuais
profissionais, aqui formados, estão nas melhores companhias do mundo (Roberta
Marques – Royal Ballet/Londres, Tiago Soares – Royal Ballet/ Londres, entre
outros) fazendo sucesso. Isso se deve ao trabalho dessas pessoas que colocaram
a nossa dança nesse grau de qualidade que faz com que sejamos comparados aos
melhores do mundo. Nesse ano o Prix de Lausanne, um evento de dança
realizado anualmente na Suíça, (27/01/a/01/02 de 2014) com bailarinos do mundo
inteiro, dos 82 candidatos aprovados na primeira seleção haviam seis
brasileiros e dos 24 que foram para a final quatro eram brasileiros.
O ponto que talvez possamos
considerar como negativo é o tempo de abrangência – 50 anos – isso requer um
grande número de entrevistas para que possamos fazer um retrato o mais real
possível do que foi a Companhia nesse período. A vida de quem trabalha com arte
não segue o padrão comum a maioria das pessoas. Isso faz com que o tempo fique
reduzido mesmo que se trate de coisas que consideramos importantes. Foi muito
difícil agendar as entrevistas, nós e eles precisaríamos estar livres. Nossa previsão
era de, neste momento da pesquisa ter, pelo menos, uns cinco representantes de
cada década, mas não foi o que aconteceu. Temos décadas sem nenhum
representante. Estamos viabilizando um novo ritmo de trabalho para superar esse
problema.
Trabalhos publicados
Não nos foi possível publicar
nada ainda sobre a pesquisa uma vez que se trata de uma história que abrange um
período muito grande e ainda temos décadas sem referências e nenhuma completa,
ou com um material que justifique uma publicação. Entretanto uma das bolsistas,
Gabriela Alves, iniciou a montagem de um blog e Paula Bento finalizou a formataçao desse blog, onde publicaremos o
resultado. O Núcleo de Imagem e Som da UNIRIO está preparando um documentário
para a TV.
Pretendíamos colocar no blog um
DVD com as entrevistas, mas, por problemas técnicos na ilha de edição da
UNIRIO não foi possível editar o DVD.